Isso vem provar que corpo e espírito são companheiros da mesma viagem. Quando dispomos de corpos jovens nos esquecemos que temos espírito também, e que esse jamais envelhece com o tempo. É bom falarmos tranqüilamente de um tempo que se foi, mas que deixou lembranças que não se diluem jamais. Tempo em que tudo cheirava a pureza. O cheiro do mato e das flores aguçava nossos sentidos. O mugir das vacas e o canto dos galos ainda permanecem vivos em minha memória. O leite de vaca quentinho, o pão assado com queijo de coalho, a carne de sol com macaxeira estavam sempre à nossa espera para um saboroso café matinal. Não temos porque nos desfazer completamente de nossas memórias, sejam elas agradáveis ou não. É preferível guardá-las na parte mais sensível do coração e consultá-las sempre que precisarmos de um um novo impulso em nossas vidas. Mas sempre com a finalidade de nos permitir que vivamos melhor o tempo presente, o único que realmente nos importa. É maravilhoso poder olhar para trás e ter do que se lembrar.
Recife, 29 de julho de 2005
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