Pouca gente sabe, mas o fato é que uma reles caneca de cerâmica é dos xodós mais estimados do Vladi, um dos homens mais poderosos do planeta.
Onde quer que esteja, onde seja o evento ou reunião oficial, lá está o copo térmico com o brasão russo ao lado do desalmado dono. E a estima vem de longe, da mais tenra infância para falar a verdade. Conterrâneos de São Petersburgo juram de pés juntos que ela já fazia parte da lancheira usada na Escolinha Pimpolhov Novinsky, estabelecimento onde o estadista teve contato com as primeiras letras.
Alguns anos mais tarde, o pequeno Vladimir se divertia a valer misturando na caneca amoníaco e laxante para produzir quantidades industriais de “sangue do diabo”, a ser entornado nos uniformes escolares dos colegas. Melhor dizendo: das colegas, preferencialmente na altura dos seios.
Na adolescência, o “sangue do diabo” deu lugar à excelente vodka russa, sendo este o líquido mais assíduo no recipiente daí em diante – nos anos de faculdade, passando pelos tempos de KGB e chegando à carreira política.
Bastante conhecida pelas milhares de fotos em que o dono a empunha, o astuto Vladimir teve a ideia de encomendar uma réplica da caneca para ser utilizada nos eventos públicos e diplomáticos. Contendo bebida alcoólica e deixada providencialmente ao lado do dono, servia de isca para possíveis tentativas de envenenamento. Já a original ficava escondida no bolso do sobretudo, abastecida regular e reservadamente com líquidos de primeiríssima qualidade por seus asseclas de confiança.
É sabido que a mítica caneca, nos últimos meses, anda permanentemente cheia de um líquido vermelho e viscoso, que jorra com abundância em um país vizinho à Rússia. E deste líquido, ao que parece, Vladimir se farta dia e noite. Lambendo os beiços, dá a entender que quer mais. Muito mais.
Esta é uma obra de ficção
© Direitos Reservados
Imagem: Shopee
Comente!