Simplicíssimo

De-cisão

 

Violentos Haikais – Serial Killer III

Dinheiro na cueca e na meia
milhões sem alento, sem ceia
e os corruptos não vão para cadeia.

Hibernando III

1, 2, 3,
em casa outra vez
mais feliz você me fez

De-cisões

A maioria das decisões tomadas pelas pessoas que conheço ainda é feita sem o mínimo de informações sobre o assunto em questão. A escolha recai sobre aspectos que não necessariamente são aqueles relevantes para o tema.
Para começar, existe uma impossibilidade de conhecer todos os assuntos sobre os quais se precisa decidir. Desde uma compra, até a melhor coisa a fazer durante alguma eventualidade.

A quantidade de informações média em uma escala de 1-10 tende a 1. Em algumas decisões sobre assuntos técnicos a informação pode tender a 10, mas dai entramos na discussão da ciência e seus instrumentos de medição, assim como as possibilidades psicológicas de cada pessoa e suas limitações, seus ganchos.

Além disto existem os condicionamentos culturais e econômicos, que fazem, por exemplo, do Nike o melhor tênis e de mulheres e homens sem cérebro, celebridades.

Compram-se e vendem imagem. Status, posição social e uma vida artificial, separada da natureza, até que a morte os una. A volta do ser humano para os braços da mãe natureza.

Os efeitos mediatos, na maioria das vezes, não são levados em conta e os seres humanos são levados para o buraco. Quem mais sofre com as de-cisões tomadas por poderosos é o povo, desta forma, o próprio decisor não é afetado pelos problemas, pelo troco da natureza (exceto em raríssimos casos), então, uma das máximas nunca é aplicada. O decisor não sabre onde aperta o sapato e acaba escolhe o que dá mais dinheiro, mais poder, mais status. O que é mais bonito para mostrar e não aquele que deveria ser usado.

Soma-se a isto o fato que algumas decisões são tomadas poucas vezes na vida, tais como casamento, cursinho pré-vestibular, empregos e eleições.

"Para quem" ou "para mim" são opostos de "para o povo". Enquanto trabalharmos para dar dinheiro para outros ou para dar dinheiro para nós mesmos, toda decisão vai ser de-cisão. Todo esforço da maioria vai para os cofres de outros.

Então comece a entender de política, a saber quem é quem, a perguntar e cobrar programas de trabalho. Até que consigamos a mudança, a volta a democracia, que são decisões da maioria e não de representação.

Representação aliás, falha e restrita, vivemos no Brasil em uma aristocracia, onde os representantes são de uma classe e o povo de outra.

Você pode até pensar que o correto é não se meter nesta enrascada, pois, de qualquer maneira, as coisas não vão mudar. Tudo vai ficar igual.

Porém, não esqueça que uma das melhores formas de vencer uma discussão é quando ela não existe. Quando uma voz é única e, desta forma, aceita perante as outras. Quanto mais distante você estiver da luta por uma política melhor, tanto mais vai dar condições para que ela perpetue. Nesta luta, quem não é contra, é a favor.

Aliás, me permita. Nunca existem posições neutras. O neutro está do lado de quem vai ganhar. Ele não se manifesta unicamente por que não pode (não tem forças para tal) ou não quer. Duas são as razões para não querer: a situação é conveniente para quem não quer ou não vê mais razões para lutar. Ou como dizia Renato Russo, Deus está sempre do lado de quem vai vencer.

De ré na contra-mão, para tentar não me iludir com falsos conceitos e só com imagens.

Pedro Armando Furtado Volkmann

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