Simplicíssimo

Poemas no Ônibus

Violentos Haikais 107/X

A vida por um fio

Um só pulmão, haja coração

Sinto um calafrio

Faroeste 93/X

Entender, coisa complicada

Compreender mais ainda

Vai passar, não da nada!

Subir pela frente, descer por trás.

Às vezes não é possível, vejam só:

Ônibus pegam gente de frente

Gente de lado

Até indigente

Ônibus é bom e necessário

Mas também é uma arma

Mesmo sem querer

A gente nem sente

O perigo que corre

Nada nos ocorre

Um belo dia, uma tarde ensolarada

Assim no mais, do nada

Um amigo seu atropelado

Talvez com raiva de quem anda de carro

Talvez por culpa do horário

Talvez por pura distração

Tem um médico no hospital

Ao invés de tratar, está sendo tratado

Menos mal que não maltratado.

Sorte Edu! Estamos contigo! Nós e os velhinhos da Vitalis precisamos de ti!

De ré na contramão, mas com um bom coração!

Pedro Armando Furtado Volkmann

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