Simplicíssimo

crime hediondo

As pessoas começaram a chegar próximo dela sem entender o que havia acontecido. Cada vez mais e mais pessoas a rodeavam. Ela estava inerte no chão, toda despedaçada. Do lado uma serra elétrica havia talvez sido esquecida, estava quebrada.

– Houve um massacre aqui – disse uma senhora – isto é um crime hediondo!

– Como é que pode, gente!! Ela não fazia mal a ninguém!! – disse outra senhora.

– Eu não posso acreditar que alguém tenha feito isso com ela. Todo mundo a adorava!

– Cortaram ela todinha… que judiação! Começaram cortando por cima e depois foram cortando, cortando…

– Imagine a dor que ela deve ter sentido!!

– Mina Nossa, tem pedaços dela pra tudo quanto é lugar!!

– Usaram uma serra elétrica pra fazer isso! Não dá pra acreditar.

– Alguém chamou a policia? Isso não pode ficar assim impune!!

– O que aconteceu? – veio correndo uma senhora, atrasada. Quando chegou perto colocou a mão na boca não acreditando no que havia acontecido.

– Isso não pode ficar assim, gente… Isso é crime!! Crime bárbaro!!

Um senhor se aproximou dela e, soluçando, começou a acariciar o enorme toco com a raiz que sobrara da árvore. Uma enorme árvore que e era amada por todos, pois sua sombra tomava conta de um terço de quarteirão

Afonso José Santana

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