Simplicíssimo

A Memória do Vencedor

Não sei como o assunto veio à tona, o fato é que, na semana que passou, relembramos – eu e minha namorada – o fato de que a História é contada sempre pelos vencedores.

A visão do Holocausto (e da Segunda Guerra Mundial como um todo), é notadamente narrada e lembrada do ponto de vista dos Aliados (Inglaterra, Estados Unidos, União Soviética e China) em detrimento à visão do Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

É fato notório, e louco denominamos ao ser humano que resolva contestar, que Hitler e seu Partido Nazista foram uma das piores e mais vergonhosas experiências proporcionadas por um grupo de seres humanos. Agora, é curioso perceber, por outro lado, o poder da influência que a mídia, a propaganda, as palavras e as idéias tem sobre as massas populares.

A História professa que, nos anos que antecederam e também nos que se sucederam à formação do Partido Nacional Socialista Alemão, todo povo alemão, com parcas exceções, foi tomado de um furor patriótico incomensurável. Em se falando de democracia, acede-nos à lembrança o conceito simplório mas verdadeiro de que há ocasiões em que mesmo a maioria pode errar.

Agora voltemos alguns anos antes, seguindo ainda com o exemplo da Segunda Guerra. Puxem na memória (de suas aulas de história, mais provavelmente) e tentem identificar um dos principais motores para todo este ufanismo patriótico que tomou conta dos alemães. Nada mais do que o cruel embargo econômico que foi imposto pelos países vencedores da Primeira Guerra Mundial aos alemães. Um pouco antes de Hitler tomar o poder, os alemães saiam de casa com carrinhos de mão levando seus marcos praticamente sem valor e, sem medo de parecer exagerado, no caminho entre a casa e a padaria, o preço do pão já havia aumentado. A situação era INSUSTENTÁVEL. Não havia outra saída perceptível. Esta, amigos, era a visão do Perdedor; a percepção do derrotado.

Algum paralelo com os tempos atuais? Terrorismo, antiamericanismo?

Será que o Império Norte-Americano está deixando o mundo livre ou está tentando abraçar o mundo com seus tentáculos e deles lançando um amálgama para engessar a economia, política e forma de viver mundiais? Estará a História seguindo pelo mesmo caminho de 7 décadas atrás? Ou será que são apenas delusões de um confuso índio no meio de um país “em desenvolvimento” no meio da América do Sul?

Os tempos mudam, mas nem tanto…

Rafael Reinehr

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