Tem dessas coisas que a gente se acha original … e não é. Pois tive a idéia de, terminadas as eleições, parodiar o poeta. E quando fui pesquisar o original, encontrei já uma versão bem sacada num concurso de redação de cidadania fiscal. "E agora, Eduardo?" Pensei. E não voltei atrás, já que "tudo vale a pena se a alma" blá blá blá. Então, aqui está:
E agora, José?
A eleição acabou,
a urna fechou,
o resultado surgiu,
a promessa sumiu,
o discurso você já conhece,
e agora, José ?
e agora, você ?
você que é sem nome,
que vota nos outros,
você que faz versos,
que ama protesta,
e agora, José ?Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
Tudo está na mão deles.
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você batesse,
se você matasse,
se eles mudassem…
Mas será a mesma coisa,
o jogo é duro, José !
E agora, José ?
Brincadeiras à parte, recomendo que não deixem de ler:
1. A versão do jovem Tiago Martins (um pouco depois do meio da página)
2. O original, de Carlos Drummond de Andrade
3. A estréia de mais uma simpliautora, a Terezinha Pasqualotto.
Agora é com vocês, Josés!
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