No último domingo, 31/05/09, doze cidades vibraram com a confirmação de que serão as sedes dos jogos da Copa do Mundo de Futebol 2014, com seus estádios, já existentes ou não: Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Mané Garrincha), Cuiabá (Verdão), Curitiba (Arena da Baixada), Fortaleza (O Castelão), Manaus (Vivaldão), Natal (Estrela dos Reis Magos), Porto Alegre (Beira-Rio), Recife (Arena de Recife), Rio de Janeiro (Maracanã), Salvador (Arena da Bahia) e São Paulo (Morumbi). Ficaram de fora as cidades de Campo Grande (Morenão), Florianópolis (Orlando Scarpelli), Goiânia (Serra Dourada) e Rio Branco (Arena da Floresta), para tristeza e descontentamento dos seus habitantes.
Mas para o bem de todos, já se anunciam grandes projetos para comportar o evento, seguindo as exigências da FIFA e apontando para melhorias que podem (e quiçá assim seja) perdurar após o encerramento dos jogos como benefícios à comunidade. Além das reformas nos estádios, elevando padrão dos mesmos, estão implicados grandes investimentos em áreas como o meio ambiente, saneamento básico, transportes, segurança, saúde, energia, telecomunicações e turismo.
Contudo, a realidade da nossa cultura e as provas do passado também indicam que teremos muitos projetos mal pensados e pensados pelo mau, com o exercício de politicagens (que parece já ter ocorrido na escolha das sedes), superfaturamentos, desvio de dinheiros,prevaricações, nepotismos e coisas do tipo. É uma pena pensarmos que a gestão possa ser assim indigesta, mas vejam bem: nessa semana, pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro, Juventude e Paraná se enfrentaram numa temperatura de 2°C, o que convenhamos, deve ser muito propício para a prática do esporte e para a saúde dos torcedores nas gélidas arquibancadas. E, pela série A, junho e julho prometem jogos para os gaúchos nos últimos horários (18:30 em finais de semana e 21:50 no meio da semana), enquanto em outros estados inclusive mais quentes que o sul terão jogos mais cedo (16:00 e 19:30). O interesse televisivo impera sobre o social. E a burrice também. Logo logo na serra gaúcha os jogos tarde da noite serão invisíveis aos telespectadores, pelo já conhecido fenômeno da serração.
Mas enfim, tomara que, em 2014, a novela da Globo e outras coisitas mais não estraguem o espetáculo nem os seus benefícios, para que toda a população (dos que gostam de futebol aos que o odeiam) possa sentir-se feliz e satisfeita com o que terá acontecido antes, durante e depois da bola rolar.
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Em tempo: a edição de hoje traz a estréia do simpliautor Marcelo Sguassabia, o retorno de Betina Mariante e lembra que, na semana que vem (agora sim, corrigindo a errata do editorial anterior) teremos a edição temática conjugando o dia dos namorados e a festa junina. Ainda não enviou seu texto? Então corra e acrescente dentro do título, após o nome do seu texto, a expressão “Love is in the air no arrail!” para facilitar a editoração final.
Boa leitura e bom futebol a todos! 😉
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