Da janela, Antônio via tudo que acontecia na vizinhança. Aquelas crianças brincando, lindas mulheres passeando. O cheiro de pão quentinho vindo da padaria logo ali na esquina. O carro de pamonha que passava às quintas e o fruteiro às sextas. Certo dia, construiram um prédio ao lado da janela de Antônio. A penitenciária precisava de ampliação.
Os finais surpreendentes, a tensão que leva o leitor ao final do conto. A noção de totalidade de uma obra curta. Escrever pequenos contos requer perícia e nem sempre acertamos na dose. Dois mil e seis reserva um grande concurso de contos e minicontos a ser organizado pelo Simplicíssimo. Organizar um concurso nacional que não seja apenas “mais um” não é um trabalho muito fácil. Selecionar um júri adequado é necessidade fundamental. O que seria um “júri adequado” simplicissimamente falando? Estamos quebrando a cuca para decidir!
Aguarde-se. Tão logo tudo esteja estruturado, faremos vossa senhoria saber.
A partir da próxima edição, este editor sai de frente do timão da Nau Simplicíssimo e, mais uma vez, deixa a direção da fabulosa embarcação a cargo de alguns fantásticos colunistas, que aceitaram a responsabilidade de dar-lhe rumo e prumo. Certo de que não emborcaremos nesta arriscada jornada, estarei logo ali, na popa, a zelar pelas hélices que propulsionam o barco.
Até daqui a mais algumas edições,
seu editor,
Rafael Reinehr
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