Apresentamos, nas últimas 5 semanas, 5 propostas para melhorar nosso país. Estamos convictos que muitas delas não são realidade até o momento por falta de boa vontade política dos nossos governantes pois, muitas delas, devolvem o poder a quem, pelo menos em teoria, deveria exercê-lo: o povo.
Se a democracia é o governo do povo pelo povo, nossas propostas não fazem nada mais além de fortalecer esta democracia, que existe na prática em cantões isolados da Suíça.
No sexto e último editorial da série Propostas Para Um Brasil Melhor, queremos deixar claro que as seis propostas apresentadas não visam, em momento algum, esgotar o assunto, mas apenas fomentar e enriquecer o debate, mostrando alternativas viáveis pautadas pelo bom senso de cidadãos comuns, que buscam, além da melhora de seu microcosmo através da luta diária, sobrevivendo a despeito da excessiva carga tributária, dos aumentos quase hebdomadários de combustíveis, a perda gradual da capacidade de consumo e obtenção de meios para desfrutar um tempo digno de lazer e contemplação, melhoras também no nível “macro”, que abarquem aos menos favorecidos pela estética capitalista que, notadamente – esteja certa ou errada, não entraremos no mérito – favorece cada vez mais aqueles que já são possuidores do capital e do poder.
Neste sentido, nossa sexta proposta vem sugerir a criação de uma espécie de Conselho Popular, que, tal qual nosso Ministério Público passe a fiscalizar as ações do Governo em todos seus âmbitos (federal, estadual e municipal), recebendo e tornando públicas denúncias que, por brechas da legislação e pela morosidade do sistema judiciário acabam por ficar obstruídas por pilhas e mais pilhas de pastas e arquivos em alguma sala perdida nos confins da burocracia do Estado.
Este Conselho Popular, formado não somente por magistrados, ou doutores, ou titulados de qualquer estirpe (mas também por eles), seria formado por cada um que de fato seja uma animal político atuante e que queira participar da formação de um país mais equânime e da fiscalização dos atos gerenciais e legislativos.
Busca combater o espírito de dominação que faz com que o governo ordene seus atos para defender, aumentar e perpetuar seus próprios privilégios e aqueles da classe da qual é o representante e o defensor, enquanto se esforça para mostrar como está ao lado dos pobres e dos fracos.
Esta proposta, bem menos objetiva do que as cinco anteriores deve, tal qual cada uma das antecessoras, ser melhor discutida e estruturada, para que não venha a se tornar mais um “fórum” de debate de idéias vãs no labirinto atrás do espelho de Alice.
Esperamos ter conseguido proporcionar um ínfimo instante de reflexão acerca do atual estado da política e algumas possíveis mudanças que podem ser feitas para, de fato e objetivamente levar nosso país a um estado de bem-estar social que inclua nos seus projetos aqueles que realmente trabalham, do alvorecer ao anoitecer ou vice-versa para que tantos outros possam, com o direito adquirido pelos anos de trabalho ou então devido a restrições impostas pela doença ou pela idade, viver com tranqüilidade sem gerar frutos devido a sua condição atual.
Precisamos de um Estado Humano e não um estado mecânico e burocratizado e, se isso não for possível, talvez não precisemos deste Estado. As implicações desta percepção deixemos assim, em aberto. À crítica bem fundamentada, saudamos. Ao disparo intempestivo de palavras vazias, atentemos: podem ser poesia, mesmo que fadada ao poço sem fim da indiferença.
Nas brumas que dificultam nossa visão de que vem adiante, uma coisa é certa: homens de boa vontade não irão faltar, assim como precipícios aparentemente intransponíveis, dragões ferozes e cavaleiros negros a afastá-los de seu objetivo.
Se essa história vai se transformar em realidade ou apenas em mais um conto de fadas, nosso herói, o tempo, certamente nos fará saber.
Depois de mergulhado na política por seis sensacionais seguidas semanas sempre sentindo sabores supimpas, sons sonoros e superstições sinistras, voltamos, com grata satisfação, a discutir literatura que é o que talvez saibamos fazer mió.
Recebemos com satisfação, a partir desta edição, um novo colunista: Celso Afonso Brum Sagastume, escritor e engenheiro de São Sepé – RS. Nosso novo Simplicolaborador estreou na semana passada no Simpliconvida e de pronto assumiu como colunista, pela qualidade dos textos que escreve, que poderão ser acompanhados a partir desta semana.
Sejam bem-vindos os novos Simplinautas Benny Franklin, que enigmaticamente se autodefine como “fogo de morro acima; água de morro abaixo.”; Rui Pedro Neves, moreno. E nada prolixo; Geovane Gustavo Oliveira, um “loko” que gosta de “os miseráveis” e Fernando Henrique Bonfim, um cara muito legal que adora fazer amizades. Percebemos também que alguns Simplileitores fazem seu cadastro e não realizam a confirmação por e-mail, o que os impossibilita de enviarem seus textos através do site, como é o caso, nesta semana, de Carlos Sarmento e Joana Maria Catalaia. Alguns Simplileitores também não completam adequadamente os itens “Quem Sou” e as indicações (ao menos uma de cada) de Cinema, Música, Literatura e Site e têm seu cadastro inevitavelmente gongado.
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