Auxílio-paletó, auxílio-moradia, auxílio-transporte e auxílio-gravata, quem sabe… Nossos deputados ganham uma bela grana somento com seu salário para “trabalhar” 3 dias por semana, além de receber até auxílio-quitanda (sem contar os incontáveis que eu desconheço), sem que um silvo longo seja proferido. Geralmente, quando nossos legisladores aumentam seus próprios benefícios, a mídia nacional até divulga o acontecimento, mas dificilmente é feita uma crítica ou uma apreciação mais profunda do assunto, dificilmente a propagação da notícia ultrapassa dois dias. Um “auto-aumento” dos salários e benefícios, além de ser uma das coisas mais anti-éticas que eu posso imaginar, é um desrespeito completo com o povo, com a Nação brasileira. Se tem um ser humano que deveria compadecer de seus irmãos é esse nosso “amigo” deputado. É por questões como essa que desrespeito a politicagem que se faz por essas bandas. Nada tenho contra política, pelo contrário, sou um devorador moderado de livros e textos como “A República”, de Platão, “A Política” de Aristóteles, “Do Cidadão” de Thomas Hobbes, “O Espírito das Leis”, de Montesquieu, “Dois Tratados Sobre o Governo”, de John Locke, “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, só para citar alguns “clichês”, sem contar tantos outros escritos anarquistas de Paul Feyerabend, Bakunin, Lakatos, Kropotkin e Malatesta, sem esquecer Thomas Morus e Henry David Thoreau, deveras inspiradores. Já pensei até em fazer mestrado em Ciência Política… Quem sabe… Mas o que lamento “de montão” é essa “festa que armaram pra me convencer” de que a importância desses dito cujos é tamanha que merece qualquer sujeição por nossa parte, sujeição essa que nos faz permanecer atônitos frente a tamanha falta de escrúpulos, sensibilidade e percepção social, e nos deixa, imóveis, catatônicos (inertes é um termo realmente bom!) em relação a essa absurdidade! Tudo bem o dono do mercadinho aumentar o preço do salgadinho pensando na crise que virá no governo Lula, mas o “senhor deputado”?!?!? (Alguém já comeu a lingüiça extra-forte do Bola? Dizem que é uma patada na orelha!) Dos livros que citei acima, para quem não os leu, apresentarei pequenos excertos comentados em edições vindouras do Simplicíssimo. Quem os leu, atreva-se a escrever algo, por favor. Ah! Está aberta a partir de hoje uma espécie de “Seção de Cartas”, via e-mail, é claro, para críticas e sugestões, além de comentários e outras breves intervenções. O e-mail todo mundo já sabe, é superjazz7@terra.com.br (sem acento!). Ainda tem um espacinho para quem quiser enviar sua(s) poesias para a edição especial do Simplicíssimo da próxima semana! Vamos lá!
A propósito: dia 8 de fevereiro ocorrerá o “Primeiro Rafting Oficial do Simplicíssimo” em Três Coroas. Para maiores informações, e-mail-me acima! Para menores informações, o endereço é o mesmo! Não há restrição de idade, sexo, crença, ou qualquer outra, mas pessoas com fratura cervical não consolidada ou sem boa imobilização do pescoço são recomendadas a assistir tudo da margem do rio! Grande abraço!
Rafael Luiz Reinehr
“O verdadeiro propósito do governo é a liberdade” (Benedict Spinoza)
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