Simplicíssimo: Isso aqui não é o Orkut e todo mundo sabe disso, mas vamos começar pelo seu perfil: Com quem mora? E o que faz da vida? Fale um pouco da vida real. Não nos poupe dos detalhes sórdidos.
Maria Ana Maioli: Moro com meu pai, até um tempo atrás eu trabalhava numa FM comunitária aqui da cidade. Trabalhei desde os 14 anos e descobri que tinha talento pra isso, na verdade, descobri bastante da minha personalidade trabalhando numa rádio. Agora ando sem fazer nada. Acordo pela manhã, vou pra aula, á tarde volto pra casa, com uma porção de coisas que eu deveria fazer, mas sempre caio na tentação de ir dormir, depois disso venho até a internet, as vezes escrevo, ás vezes descubro novas músicas, mas é tudo muito lerdo, inclusive tô cansada disso e preciso me sentir útil. A vida real pra mim sempre foi um tanto ímpar, sempre me exigiu muito. A quem muito é dado, muito será cobrado, e realmente é verdade, pois ganhei muito conhecimento que hoje a própria vida me cobra. A vida cobra meu poder, o Deus que vim á ter dentro de mim.
Simplicíssimo: O que está lendo? O que vai ler? O que não vai ler?
Maria Ana Maioli: No momento tô lendo Aquarelas do Brasil, Contos da Nossa Música Popular. Quero ler Noites Tropicais e nunca leria livros de auto ajuda enlatada. Simplicíssimo: Qual é o nome do autor dos livros que você deveria ter escrito?
Maria Ana Maioli: Osho – Nietzsche – Luiz Gasparetto – Manuel Bandeira – Mario Quintana – Edgar Allan Poe- Caio Fernando Abreu.
Simplicíssimo: Quando começou a escrever, e neste começo como classifica o que escrevia?
Maria Ana Maioli: Classifico como um lampejo, algo despertava em mim. Eu tava me abrindo pro mundo, mas o mundo não era o que eu queria, ai comecei a escrever coisas sobre o mundo e sobre como as coisas poderiam melhorar. Simplicíssimo: As suas idéias você as digita direto? Escreve num papel ou anota só a idéia e depois desenvolve? Senta-se de cabeça limpa então seus motes vêm como se soprado pelas deusas? Afinal com é seu processo produtivo?
Maria Ana Maioli: Olhe, ultimamente, sento na frente do micro e digito o que me vem á mente. As idéias que não têm nada a ver se conciliam e viram coisas completamente comuns, chega a ser expressamente lindo! hehehehehe !
Simplicíssimo: Qual é sua inspiração mais ativa?
Maria Ana Maioli:
Olhar em volta ouvindo poesia musicada (músicas com letras quase que perfeitas).
Simplicíssimo: O Brasil, em sua opinião…
Maria Ana Maioli: Poderia estar melhor?! Talvez devesse?! Mas e ai?! Quem faz o que?! E quem se importa?! O Brasil tem um histórico vergonhoso desde os tempos do Império, estude história e verá. Sempre houve as pessoas que o queria melhor, mais limpo, mais livre, quem sabe mais verde e amarelo, mas existem as outras pessoas, as que comem pelas beiradas e se dão bem em cima daquilo que o povo é obrigado a pagar. Essas pessoas são mais poderosas e poder hoje em dia é afrodisíaco.
Simplicíssimo: E a sua opinião, em sua opinião…
Maria Ana Maioli: Minha opinião é lúcida demais pra uma pirralha de 17 anos que tá no meio do ensino médio. Mas isso me favorece bastante, me deixa mais feliz, porque eu sei que tem coisas em mim que não são comuns. Minhas músicas, textos, livros e poesias e ainda meu canto são coisas essenciais e um tanto ímpares! Modéstia a parte, ou não!
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