Simplicíssimo

Entrevista com Rafael Reinehr – o fundador do Simplicíssimo

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Simplicíssimo: Isso aqui não é o Orkut e todo mundo sabe disso, mas vamos começar pelo seu perfil: Com quem mora? E o que faz da vida? Fale um pouco da vida real. Não nos poupe dos detalhes sórdidos.
Rafael Reinehr: Moro com minha esposa, a amada Carolina, futura mãe da Kalinka e do Benjamim. O que faço na vida? De verdade, de tudo um pouco. Não consigo focar em somente uma área do conhecimento. Sou um espírito libertário e inquieto: escrevo, faço fotografia, já fiz cinema (curtas e média-metragem), música, (gravei CD), sou metido na cozinha, já fiz Filosofia e Ciências Sociais, estudo o Anarquismo com afinco, participei de uma série de websites, criei e editei o Simplicíssimo por 4 anos e meio e, nas horas vagas, sou médico endocrinologista em Araranguá – SC. Atualmente me dedico ao meu website pessoal, o Rafael Reinehr, a um portal/revista/blog/comunidade/rede chamado O Pensador Selvagem, ainda sem data para inaugurar e a alguns projetos como a força paragovernamental Coolméia, que agrega a idéia da Grande Cooperativa Mundial, entre outras. Também divulgo as Propostas Para Um Brasil Melhor e, recentemente, publiquei a Sétima Proposta Para Um Brasil Melhor: o Voto Contínuo.

Simplicíssimo: O que está lendo? O que vai ler? O que não vai ler?
Rafael Reinehr: Hoje estou lendo “Urgência das Ruas” – Black Block, Reclaim The Streets e os Dias de Ação Global. Pretendo ler cada vez mais livros anarquistas, sociais utópicos e sociais libertários, que são uma ferramenta para abrir minha percepção à noção de que um outro mundo é realmente possível e me preparar para torná-lo verdadeiramente melhor. É claro, pretendo seguir garimpando a boa literatura nacional, de língua hispânica e internacional, sem a qual não respiro.
Não sei o que não vou ler. Nunca diga nunca. Nunca. Hehehe…

Simplicíssimo: Qual é o nome do autor dos livros que você deveria ter escrito?
Rafael Reinehr: Pode ser mais de um? Fritjof Capra, Noam Chomsky, Edgar Morin, Alvin Toffler, Mikhail Bakunin, George Orwell, Fiódor Dostoiévski, Fernando Pessoa, Luis Fernando Veríssimo…

Simplicíssimo: Quando começou a escrever, e neste começo como classifica o que escrevia?
Rafael Reinehr: Comecei a escrever com 3 anos e meio. Isso quem conta foi minha mãe, vó e tia. Classifico o que escrevia na época como plágio. Tudo que fazia era copiar os ás, és, ís, ós e ús até encher a linha. Na primeira infância, era sempre aquele aluno do qual a professora reclamava, pois se pedia para escrever uma composição em 30 linhas, acabava por escrever pelo menos 50. Essa pulsão pela escrita – graforréia, seria a expressão correta, não me deixou até hoje. Até hoje não consigo classificar com precisão o tipo de literatura que faço, talvez porque faça várias “literaturas” (ou não faça nenhuma).

Simplicíssimo: As suas idéias você as digita direto? Escreve num papel ou anota só a idéia e depois desenvolve? Senta-se de cabeça limpa então seus motes vêm como se soprado pelas deusas? Afinal com é seu processo produtivo?
Rafael Reinehr: Produzo de formas diversas: escrevo direto no computador. Escrevo no meu receituário, em verso de papéis de rascunho, guardanapos, papel de pão, cadernos e faço apontamentos em livros. Escrevo já pronto. Textos inteiros. Contos, crônicas, minicontos, poesias. Escrevo somente idéias, para depois desenvolver. Gravo idéias em um gravador digital. Redijo ensaios. Faço posts. Pego idéias enquanto dirijo, sentado na privada, durante o banho, em shows musicais, enquanto leio livros de outros autores, quando tenho tempo livre, quando estou descansado, quando estou cansado.

Simplicíssimo: Qual é sua inspiração mais ativa?
Rafael Reinehr: Seus olhos, sua boca, seu sorriso… Hehehe. A Vida, bichinho, a Vida…

Simplicíssimo: O Brasil, em sua opinião…
Rafael Reinehr: …está na UTI. Noradrenalina em dose máxima, a família avisada que pode morrer a qualquer hora e os médicos, que somos nós, perdidos como baratas tontas sem saber o que fazer ou então loucos para passar o plantão para o próximo médico que virá nos substituir. O Brasil não precisa de críticas, precisa de soluções e ações. Precisa de mobilizações, mas não com passeatas pacíficas, caras-pintadas e faixas alçadas ao ar, mas hackativismo, ações diretas, e criação de soluções locais e regionais para os problemas que não são resolvidos pelo governo em suas instâncias.

Simplicíssimo: E a sua opinião, em sua opinião…
Rafael Reinehr: … vale tanto quanto a sua.

Girafa Simplex

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