Tem que ser poesia, não somente um relato. A incerteza que me vem sobre a decisão que poderia tardar por timidez, mas o faz por imprecisão sobre minha vontade. Às vezes penso que tudo só depende da vontade, mas não somente dela depende o final feliz, somente dela depende um final da angustia, e só isso. Não tive vontade, mas agora tenho, ou melhor, não tive coragem, mas agora suponho ter. É interessante como a vontade pode ser confundida com coragem, tanto pode que eu mesmo não sei, em um momento, diferenciá-las. Poderia não ter vontade por não ter coragem suficiente, poderia não ter coragem para ter vontade suficiente, ou apenas vontade ou coragem suficientes. O fato é que agora tomo-me por um impulso que me faz não constranger-me diante da oportunidade, e apenas a falta desta me impede de concretizar o ato. Será? Acho que agora me vem outra que se não a falta de coragem ou vontade, a indecisão. Vejo a dúvida entre inúmeras possibilidades que desperdicei por falta de coragem ou vontade, mas agora fortalecido retorno às lembranças delas. E após a indecisão, que sentimento me virá? O arrependimento? Não sei, nunca soube e nunca saberei, e prefiro assim, viver minha fábula. Mas ao mesmo tempo não posso viver assim, sem decidir e me arrepender, pois então, isso farei, tomarei vontade, coragem, decisão, arrependimento e medo, até morrer, ou até me casar.
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