Mas de você que eu espero com prazer um olhar simples de me dizer palavras, mas de você que com um gesto singelo transforma movimentos em metáforas, a saudade que me surge ainda em sua presença, precoce, antecipada, hei de viga o prazer doce das coisas para tê-la sobre o aconchego de um lençol branco, deitada, sem precisar ter medo da noite insidiosa de malicias exageradas, te espero quietinha, quentinha no teu quarto, querida namorada.
Portanto não me atreverei a ser cruel ou vilmente imprudente, porque às vezes as coisas que por volta e outra deixam de ser descontentes, num por do sol de um dia sem beijos oportuna florescer na próxima alvorada como algo mais eloqüente para um momento que conforme as circunstâncias, pede pra ser salvo. Não serei ilícito, implícito, implacável, não irei implorar, não serei perfeito, te juro não te ignorar e muito menos virei a ser inapto, hei de ser apto, a ser presente, prudente, paciente, prestativo, pacato, e talvez um dia por mérito do destino ou do acaso eu esteja na lista dos homens mais procurados.
Pois vi um dia, que era uma fez eu você e a vida, que contida nos sobressaltos do tempo deixou nos convencer com o medo que por volta e outra nos perpetuou com sua língua mafiosa de por em nosso lugar as coisas que não deviam se resultar em um fim. Eu, você e a vida, oras! Éramos personagens de um filme que Deus gostava de assistir e que acabou sem ter continuação, porque às vezes as coisas precisam ter sim um fim e não continuar em tão boa utopia. Das desavenças proibidas e impossíveis, das desejadas e intocáveis como os sonhos e ou talvez o arco-íris! Essas sim são coisas maleáveis, porém embora abstratas que nunca se deixaram com o tempo levar de se o tão ávido e incontrolável desejo de estar, presente embora ausente! Todavia talvez sempre, por isso, seja amar por todo ou por metade consciente, um ardor de sofrimento longínquo e prazeroso, de certo que a vida faça o resto pela gente, porque amar é tanto quanto qualquer outro acidente, sobreviver de paixão incosciente.
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