Faço força para não pensar
Enquanto caem das minhas entranhas
Sentimentos digeridos e absorvidos
Que já não me servem mais
Libero, em toda minha impaciência
O vil odor que agora assola o ambiente
O hálito pensante sobrenada cansado,
Inerte, só, desesperado
Não quero mais essa angústia
Limpo minh’alma e sigo andando
Há muito que sei o meu caminho
Ele eu sigo, sorrindo contente
—
(esse poema foi o primeiro de uma série de 5 poemas escritos para participar de um concurso nacional promovido pela Editora Shan. Está publicado em “Antologia Poética Brasileira 1999”, da Série Gaivota. O mesmo foi literalmente escrito sentado em uma privada, durante o ato de evacuar, e é uma reflexão profunda sobre o referido ato.)
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