Homenagem à Pixinguinha
Pois é no choro,
no chorinho aguado da vitrola antiga,
que minha alma lava os seus
esquecimentos.
Poema de pedra
Os homens sofrem como as pedras:
cheios de musgo verde
e caras feias.
Jamais guardei . . .
Jamais guardei o nome de todos os livros.
A eternidade não consiste em ser eterno,
mas em ser lembrato subitamente.
Minha memória é um gole d’água
e todos os meus rascunhos são subseqüentes à mim.
Escrevo à margem, beirando as entrelinhas.
E não adianta me perguntar o que escuto.
Sou surdo como as pedras.
Escuto como os olhos dos cegos.
Os poemas aqui apresentados fazem parte do livro inédito "Inquietude Singular".
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