Toda desilusão é frutífera.
Toda desgraça é bem vinda.
Toda negação é patética.
Toda cópula é ridícula.
Toda rotina é prosaica.
Toda esperança é burlesca.
Todo capital é torpe.
Todo desejo é vil.
Todo esteticismo é frívolo.
Toda concupiscência é plástica.
Toda espiritualidade é inquietante.
Toda dor é construtiva.
Todo vazio é absoluto.
Toda sublimidade é efêmera.
Toda oportunidade é tentadora.
Toda libido é traiçoeira.
Toda preocupação é fútil.
Toda busca é receosa.
Toda necessidade é estúpida.
Toda perfeição é aterrorizante.
Toda individualidade é vulnerável.
Toda alma é pequena.
Todo turvamento é invencível.
Toda interpretação é duvidosa.
Toda dialética é introspectiva.
Toda luz é jocosa.
Todo clímax é volátil.
Toda experiência é produtiva.
Toda revelação é leviana.
Toda explicação é fastidiosa.
Todo interesse é funesto.
Toda estupidez é tétrica.
Toda arrogância é legítima.
Todo ego é autêntico.
Toda criação é trabalhosa.
Toda antítese é necessária.
Toda revolução é vital.
Toda vitória é indecorosa.
Todo sistema político é impraticável.
Todo hiperbolismo é patológico.
Todo prazer é nefasto.
Toda insanidade é benéfica.
Todo caos é intrínseco.
Toda praga é inerente.
Toda culpa é errônea.
Toda fuga é libertina.
Toda teoria é válida.
Todo empiricismo é impulsivo.
Toda droga é escapista.
Toda filosofia é perniciosa.
Toda dúvida é excitante.
Toda sabedoria é maligna.
Todo amor é insensato.
Toda ilusão é catastrófica.
Toda verdade é inexistente.
Toda repetição é persuasiva.
Todo fetichismo é engendrado.
Todo transcendentalismo é risível.
Toda lucidez é perspicaz.
Toda gênese é profana.
Toda humanidade é eclipsada.
Todo ócio é produtivo.
Toda felicidade é estereotipada.
Toda tragédia é herética.
Toda ambivalência é rasa.
Toda doença é sadia.
Toda ignorância é inadmissível.
Todo intelectualismo é perverso.
Toda arte é instigante.
Toda distração é perigosa.
E todos estes pseudo-axiomas não passam de puro esporro mental. Egocentrismo salva. Niilismo liberta. Posso morrer em paz.
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