Eu so o herói
Eu so o herói omisso, covarde
Eu so o que reclama
Na beira de um rio imundo, tá la a minha imagem
Eu so o herói que mata o indefeso
O homem religioso, reprimido
Nem de longe me resolve tomar um comprimido
Não vale nada estar redimido
Jaz vivo dentro de mim a inércia de um herói omisso
Sou aquele que é precoce na expleção, na expelição
Nascido da mão sempre solteira, cinco contra um
Nascido de mãe lavadeira
Não so eu quem leva tapa
Eu sou quem come e vomita
O feijão podre da marmita
Que sublima o corte vertical
Que obedece ao viscoso sentido ereto erótico
Não me importo de usar uma nuca encardida
Chupo a bala
E lambo, lambo, e é ardida
Arde meus beiços lisos e molhados
Eu , junto a ti, eu
Tu, me olha como tu
Eu como tu
Se vira
E se virá eu já naum sei
Eu como tu
com expelição tempestiva
Tu foi sem saber
E como foi!
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