LIMITES DO TEMPO
por Rogério Beier
Mais um dia vai e menos um dia vem.
E vou sentindo a dança do tempo
Brincando com meu corpo.
Mais um ano ou menos um?
Não me importa.
Porque deveria contar a vida através de anos,
E não de feitos?
Quando vamos deixar de nos limitar
Pelas grades ilusórias do tempo?
Não, não quero saber!
Quero apenas me ver livre
Desse verdadeiro castigo de Prometeu
Que se renova diariamente
A me iludir sobre os limites de minha existência!
Sou muito mais do que as voltas de um planeta.
Sou eterno e incontável.
Continuarei existindo mesmo após a morte carnal.
Porque sou idéia,
Sou palavra.
Sou Intangível e abstrato,
Supratemporal!
Continuarei no ar como onda,
Num livro como palavra
E até mesmo,
Na semente que em minha escolhida plantar.
Para sempre viver
Liberto do tempo e da morte
Pelas chaves do amor.
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