Simplicíssimo

Não entendo de festa

Eu não entendo essa alegria, essa descontração
Não saco essa gíria, essa falação
Não entendo o decote, a mini-saia
Nem o corpo suado e nem o bronze de praia

Eu não aprendi esse refrão e nem essa dança
Não entrei no clima, não to no agito
Meu esqueleto, coitado, não balança
E eu não consigo conversar no grito

Eu não entendo essa bebida barata
Vendida em copo descartável
Que desce rasgando a garganta
No limite do suportável

A conversa é fiada, o gole, não
É papo furado, é diversão
Não entendeu o meu pedido,
O pobre do garçom

Não entendo essa intera, essa galera
Esse rolo, essa pegação
Não compreendo essa língua
Não tenho animação

Eu não entendo a moça que passa
E nem nota a minha presença
Não entendo essa cachaça de graça
Nada aqui me interessa

 

Eu não entendo essa festa

E não entendo essa praça.

Rodrigo D.

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