Perdoe-me por não ter sido tão paciente.
A vida às vezes não é como eu gostaria.
Consome toda a paciência, todo o tempo
que sei, é direito de vocês.
Sei, é difícil.
Às vezes calo-me em mim mesma,
quando deveria falar-vos.
Às vezes esbravejo e relampejo,
quando deveria serenar-me.
A vida não é como eu gostaria,
e creiam, tira-me o ânimo
de rolar pelo chão com vocês,
perder a tarde com aparentes bobeiras
– ou seria ganhar?-
Sei que muitas vezes passo, desapercebida
Sei que muitas vezes olham-me, suplicantes.
Sei das histórias que gostariam de ouvir
E não conto
Das cantigas felizes que iniciam
E não completo
A vida não é como gostaria que fosse.
Mas numa coisa sei que não falho com vocês.
E é no amor incondicional que carrego em
meu peito quando os vigio, inocentes,
nas madrugadas. Quando velo por seus sonos.
Nas madrugadas em que os cubro do frio.
Entoando palavras que não disse, pelo tempo
escasso, pela impaciência longa. Sei lá!
Palavras curtas, mas que levam todo o peso
de meu coração num simples:
– Amo vocês meus filhos
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