Simplicíssimo

Quase – Part II

Quase- Parte II


 

Quase saiu mais cedo

Precisava encontrar alguém.

Quase tropeça no meio-fio.

 

Quase com o cabelo embaraçado,

É quase confundido com ladrão.

Quase com seus óculos, sua juba de leão

 

Quase tinha medo da polícia.

Acostumado a fazer o que não podia,

Quase e sua malícia, sua vida vadia

 

Quase é só um moleque,

Mas vive como adulto.

Quase toma pileque, seu pai fica puto

 

Quase não é normal. Quase ninguém entende.

Quase não é igual,

Ao resto de toda a gente.

 

Quase corre, quase cansa.

Era quase importante, o que quase tinha pra fazer.

Quase sonha, quase esquece.

 

Quase não entende, o que quase tem certeza.

Quase não é, como quase todo muno pensa.

Quase se engana, quando tenta ter firmeza.

 

É quase chegada a hora, do compromisso do rapaz.

Estava garoando, quando quase olha para trás.

Um homem saiu do bar e quase pisou numa poça.

 

Aquele homem parecia perdido e quase esquecido.

Naquela rua deserta, o que quase viera fazer?

O que importa! Quase diz bem alto: Que homem!

Rodrigo D.

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