Que não mais se cante
melodramas, angústias e desencontros do amor.
Que se não inculpe o amor,
com as incongruências e menoridades
de nós próprios.
Não façamos de inexpugnável forte
o amor,
ele que a ser vida ,
detêm a diamantina dureza, e a clara
e imponderável subtileza da brisa.
Ele que a ser tudo,
magnifica-nos na ascese almejada.
Não, não vulgarizem de todo,
não profanem por caprichos vãos,
palavra e sentido
do verbo amar.
Aceitemos, com a dor apropriada
a nossa simples incapacidade,
a nossa não idade do amor.
Cresceremos num dia ainda indefinido,
seremos maiores,
seremos capazes, seremos fortes.
Hospitaleiros e hóspedes da plenitude do amor.
Vitoriosos humildes ou épicos derrotados do amor,
mas nunca vulgares artífices
da palavra e do sentir amor.
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