Não sei de onde ouvi, há mais de 10 anos atrás que na passagem para o terceiro milênio iniciaria a “Era de Aquarius”, e que nesse período histórico/místico ocorreria uma grande revolução universal e que em nosso planeta sobreviria um tempo de compreensão, solidariedade, entendimento felicidade e amor, caracterizando a “Era do Humanismo”. Quer acreditemos ou não nessa “previsão”, temos que concordar que, da forma que as coisas estão hoje em dia, na dá pra agüentar por muito mais tempo. Vivemos em um Mundo extremamente individualista, onde a busca pelo poder, quer seja no nível familiar ou mesmo no nível global tomou conta da grande massa. O consumismo nunca esteve tão em voga. A Ganância atingiu seu ápice. 2500 anos após a Aurora da Civilização Ocidental na Grécia Clássica, essa mesma civilização ocidental que havia mostrado gradualmente caminhos para o desenvolvimento e o progresso da sociedade humana, passou, principalmente nos últimos duzentos anos e, de forma acelerada neste século, a mostrar também caminhos assustadores, que podem levar inclusive à extinção da raça humana neste planeta. A bomba atômica, a camada de ozônio, o superaquecimento global, a poluição derivada do petróleo e a perigosíssima poluição nuclear são todos frutos do desenvolvimento irracional e irresponsável da nossa civilização, colocando em risco vidas sobre as quais não temos direito de interferir, vidas que estão sobre esse planeta muito antes de existirmos. Como disse uma vez o paleontólogo Stephen Jay Gould, em relação à vida neste planeta: “As bactérias estão sobre a face da terra há pelo menos 3.500.000 anos; porque se preocupariam com uma espécie insignificante que nem completou 200.000 anos de existência?”. Isso faz pensar… Desde que passamos a existir, vivemos com a sensação que somos os verdadeiros, legítimos e únicos donos desse planeta, e realmente agimos assim, passando por cima da natureza como se ela estivesse totalmente a nosso dispor. No início, enquanto dela tirávamos apenas nossa subsistência, o relacionamento era bom. Quando passamos a querer subjugá-la, sem entender seus mecanismos básicos de funcionamento e o seu motivo de ser, ela começou a demonstrar sinais de irritação, que todos estamos sentindo nos dias de hoje. Além dos problemas de relacionamento com a Natureza, temos outro problema talvez tão grave quanto esse para resolver: nosso relacionamento com nossos semelhantes. Mesmo que essa coisa de Aquarius seja bobagem, não deixemos que a idéia que ela traz seja esquecida. Parafraseando o título de um livro, ainda a ser publicado, que diz respeito a essa mania de livros de auto-ajuda: “Pare de se auto-ajudar – E ajude aos outros”. Deixemos bastante de nosso individualismo de lado. Tenho a plena certeza de que todas as coisas boas que fazemos acabam refletindo e voltando para nós (assim como as coisas ruins). A física quântica explica isso: interdependência, manja? Bem, muito mais pode (e vai!) ser dito sobre esse assunto. Finda uma fase da nossa existência na Terra, vamos encarar de frente os desafios que nos esperam. Espero, com mais inteligência e prudência, sem pressa, pois, se o tempo realmente é infinito, temos tempo de sobra…
“Todos têm um propósito de vida… Um dom singular ou um talento único para dar aos outros. E quando misturamos esse talento singular com benefícios aos outros experimentamos o êxtase da exultação de nosso próprio espírito, entre todos, o supremo objetivo…”
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