Era domingo, estava muito quente, meu corpo grudava no estofado, mas a recompensa logo viria, aquele vento no meu rosto fazendo meus olhos lacrimejarem, meus cabelos arrepiarem….
Mas, nada disso realmente importava e sim estar em volta da natureza, as gaivotas voando no céu nú, o sol refletindo nas águas do rio.
Paramos então numa parte silenciosa, onde humanos nao costumavam ir, a pedido de uma pessoa especial esse era seu último desejo, então caminhamos mata a dentro vendo sorrisos de borboletas e notas musicais que vinham do alto.
Com machado na mão, com terçado, com tesoura, com um vaso e laços para enfeitar.
Essa era nossa missão, achá-la, não importa o quão alta estaria.
Cansados, sem água para beber, um sol escaldante que ultrapassava a mata fechada e seus raios passando entre os galhos nos buscavam onde quer que estávamos queimava nossa pele, sem culpa, sem receio.
As abelhas nos rodeavam, todos vieram nos visitar, não no mesmo instante, mas a cada momento algo inesperado nos aguardava e nosso coração ficava a mil por hora.
Então, todos sentaram, acomodaram-se, num momento silencioso e que não havia mais nada a fazer, olhei para cima tentando encontrar um pedaço de céu, mas só via o verde das folhas, das flores…
Flor!
—Encontrei a flor, encontrei… finalmente encontramos, lá está ela, no alto daquela árvore.
—-Onde?
—-Logo ali, entre aquela árvore de tronco grosso e a árvore média.
—-É mesmo pessoal, vejam!!!
E todos contemplaram aquele momento tão especial.
Em quanto um arrumava o vaso, outro enfeitava, e o resto teve a missao de tentar escalar e chegar ao cume.
Tivemos sucesso, todos ficaram felizes, por que alguém estaria feliz por aquela flor.
Ela conseguiu realizar tudo o que queria até o ultimo desejo, mas e quem não consegue?
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