Tudo que é universal fascina. Pode ser uma musica que pareça dar ritmo à vida ou talvez um verso que propicie um segundo de iluminação.
Em tempos como esses onde a simplicidade é tão rara e o contraste tão forte entre o que parece ser e o que realmente é, a atmosfera de medo e malícia acaba por nos fazer extremamente complicados.
Mas há uma peça incolor nesse injusto e revoltante quebra-cabeça. Existe um lugar ainda sereno meio a todo esse desperdício e nele um anseio ainda tão estranho de fazer existir o poema. Há tão marcante, a tendência anímica de expor no tempo e no espaço toda incompreensão e indignação provenientes do que vai além de nosso alcance e percepção.
Me irrita a insignificância de todos os momentos sequer sentidos. Me enfurece, sempre que escrevo, presenciar a escravidão que as palavras impõem ao significado. Mas me agrada o sentimento quase insípido de poder ser instrumento da poesia universal.
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