¨Eu sou ninguém, e ninguém é um cara que não fala nada¨ …
Quem dera realmente ser ninguém.
Não dizer, emitir, omitir, soletrar.
Ninguém sente ou fala ou vê.
Ele é um ser simples que não precisa entender ou opinar.
Parece tão familiar.
Parece que de tanto que sinto sua falta , ele faz parte do meu dia-a-dia.
Eu trabalho…e ao meu lado, vejo ninguém, mas é uma espécie de ninguém que não deixa que eu o ignore, que não o sinta.
É uma sombra invisivelmente reluzente.
Parte do todo, das duas coisas, os dois gomos de uma mesma fruta ou as brasas que sobraram do fogo do acampamento.
Ninguém, que é mesmo ninguém, anda por ai e é presente.
Se faz notar, quando de tanto silêncio que faz, provoca em algum individuo a fala, muitas venenosa e outras tantas criticas tão pouco ou certamente construtivas.
Podiam ser somente as construtivas, senão, machuca muito, dói a ausência de um ninguém pois então.
Ninguém é um cara que vive de minha vida.
Ele rege meus pensamentos?
Duvido…
Eu preciso dele?
Não sei, ninguém é que sabe e ninguém opina quando um alguém dorme.
A força de ninguém é tão forte quanto a nossa.
Silênciar á presença de ninguém. Silênciar por pensar que um alguém é estupidamente humano e pequeno a ponto de pequenas grandes peripécias.
O mundo anda cheio destas.
Anda cheio destas, pois o mundo torna-se uma peripécia, um produto que de tão noncense tem um sentir de sentido.
Um ¨q¨ de ¨xy¨…por isso até então a Terra não precisa de um quadrado andando ás voltas o universo.
E o universo não precisa de nenhum mundo industrializado e pronto á por ao forno, feito lasanha, quadrada, retangular..!
Não precisa mas torna a correr risco, feito ninguém, que corre ao provocar a fala de tanto silêncio.
Provoca o riso nas reuniões de pauta de tanto engasgue e tropeço nesta seriedade que sufoca qualquer nobre funcionário.
Pois , desta maneira, funcionários saem de suas salas de reunião da respectiva empresa rindo feito bobos ao pegarem o elevador…esquecendo que ninguém anda por perto.
Ninguém é um gás estranho.
O mundo é preenchido deste por sinal, e nós nos habituamos, como fizemos com todas as outras coisas.
As óbvias um tanto quanto estranhas. As estranhas um tanto quanto idealistas ou o raio que te parte.
Ninguém faz parte de nós. Ele é mais um dentre os outros seres que habitam o nosso ¨ser¨, e ainda há quem diga que não somos. Pois sim, somos o coletivo de tudo isso, embora seja triste.Há um núcleo que corresponde aos outros núcleos…o ninguém, o alguém.Eles existem, como o páraquedas na hora de cair fora daquele avião, como pantufas no inverno.Ningúem provoca intenções, atenções, atitudes, o riso, as más vontades.Alguém… há pouco o vi passando por aqui.Hoje em dia é dificil ver alguém emitindo, omitindo ou soletrando da mesma forma que ninguém.
Mas ele existe feito a gente.
Feito os grupos de outro seres que vêm de lá pra cá e pra dentro da gente.
Certa ou errada, é tudo culpa de niguém, que assim como nada me incomoda há tempo.
¨Nada¨ certamente que não é ¨nada¨… é só o pretexto certo pra tudo e todos os outros.
Nada e nem Ninguém.
Vice
Versa?!
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