Simplicíssimo

Quando dá aquela vontade…

Só de ler o título, podemos imaginar uma porção de coisas: quando dá aquela vontade de beijar alguém, quando dá aquela vontade de encher alguém de porrada, quando dá aquela vontade de ir ao banheiro, quando dá aquela vontade de tirar toda a roupa daquela pessoa, quando dá aquela vontade de não fazer nada, enfim, quando dá aquela vontade de fazer (ou não) alguma coisa qualquer. Mas não foi por causa de nenhuma dessas vontades que eu resolvi escrever. Simplesmente resolvi escrever por que me deu aquela vontade… Bem, aqui estou eu… A esta altura você, que continua lendo, já deve estar esbravejando e se perguntando onde é que essa conversa toda vai levar. Olha, eu ainda não sei, mas de repente ainda sai algo de bom. Continue lendo! Na verdade, agora são 23:54 de um sábado chuvoso e eu estou sozinho aqui em casa e, ao invés de olhar um filme na TV, estudar ou mesmo dormir, resolvi escrever. Há alguns dias, essa vontade tem crescido enormemente. Em vários momentos me pego pensando em algumas coisas, algumas úteis, outras nem tanto, algumas criativas e que merecem ser registradas (a minoria delas) e outras simples reflexões pessoais para uso particular mas que, por algum motivo, quero deixar gravadas em algum lugar. Não foi o que aconteceu dessa vez. Agora há pouco, o que se sucedeu é que uma vontade de escrever surgiu do nada, sem haver um assunto sobre o qual falar ou um motivo identificável para tanto. No mesmo instante realizei (do inglês “to realize”) que poderia escrever justamente sobre isso: a vontade de escrever sem mesmo saber o porquê! Nossa! E não é que funciona? Eu estou escrevendo praticamente sem parar. Cada vez que eu termino uma sentença, já vem outra em minha cabeça. Será que a falta de assunto é um estímulo à nossa inteligência? Nããã… Essa coisa de escrever é ao menos interessante. Quem já teve uma espécie de diário, sabe como é bom reler coisas escritas há meses ou anos atrás. Claro que às vezes isso nos faz lembrar de coisas que não gostamos, mas sempre aprendemos com isso. Mas a maior parte das coisas geralmente são acontecimentos e lembranças boas, que conseguimos reviver em parte ao lermos aquelas memórias. Têm aqueles que têm mania de levar junto consigo um bloquinho ou um caderninho de anotações para anotarem idéias que lhes vêm à telha nos mais variados momentos. Assim não deixam escapar momentos raros de genialidade, passando tudo para o papel, desenvolvendo mais tarde suas idéias. Eu mesmo já pensei em fazer isso. Quem sabe eu comece em breve… Bem, acho que a criatividade acabou… Vou pegar uma água para ver se ela volta… Caso você tenha continuado a leitura e chegado até aqui, parabéns! Caso não… …bem, não interessa, posso dizer os palavrões que quiser que você não os terá lido mesmo, he-he-he! Gostaria que me respondessem algo: será que escrever o que se pensa nos ajuda a resolver nossos problemas? Será que a solução se torna mais clara depois de avistarmos em um papel aquilo que nos aflige? E será que além de escrevermos as perguntas, devemos escrever também as respostas antes de pô-las em prática? Faça essa experiência: escreva suas dúvidas e as possíveis respostas e veja se isso lhe ajuda de alguma forma. Depois me conte. É. É isso aí! Chega um momento, finalmente, em que chega aquela vontade de parar de escrever. Dá aquela vontade de ir dormir… Isso me aconteceu agora. Estou indo. Mas a gente se vê por aí. Ou não. Fiquem bem, e se cuidem. Tudo de bom. Tchau.

Rafael Reinehr

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