Olá. Bem, esse é o meu primeiro post aqui. Eu não costumo escrever poema e poesia mas aqui está uma. É de 06/12/2005. Depois posto coisas mais atuais.
Somente uma vida
Em um dia de sol
Olhe os campos, as estepes, o chão
O verde e as plantas cobertas
Por corpos de pé com armas na mão
Encarando-se e sabendo
O que ali farão
Um massacre contra a vontade
Se não matarem morrerão
Nesses campos tão lindos
Tão cheios de amor
O verde da vida
Será o vermelho da dor
Dois cavalos brancos
De uniformes diferentes
Levando velhos sem vida
Que matarão os descendentes
Milharem de homens
Distribuídos em duas partes iguais
Apontando-se os rifles
Que dispararão tiros letais
Soldados quase menores de idade
Já com armas na mão
Aprendendo a matar
E morrendo então
As balas letais
Voavam concorrentes
Pelo som das trombetas
Em direção aos oponentes
Choravam e atiravam
Mas queriam correr e se abraçar
Aqueles homens infelizes
Soldados que não queriam matar
Humanos como eu e você
matando de forma banal
Se não matarem morrem
E se matarem morrem igual
Cheirava a sangue
E também a pólvora
O chão estava cheio de armas
E pedaços de gente morta
Ali morreram homens
Que perderam de desfrutar
Cinqüenta anos de vida
De uma vida singular
Armas, bandeiras e roupas
Cobriam o vasto chão
Também urina e sangue
De homens mortos em vão
Homens que se pudessem escolher
Não iriam matar nem morrer
Iriam voltar para suas casas
Para sua única vida poder viver
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