Sem rumo pela tarde sem fim, na cidade de avenidas infinitas. Tinha, agora, dois cruzeiros. Tomei um sorvete, fiquei com um. Conjeturei, fiz planos e decidi: entrei na tabacaria e apostei na loto – um cruzeiro. Novamente conjeturei, novamente fiz planos enquanto andava sem rumo pela tarde sem fim. Infinitas aquelas avenidas. E se eu ganhasse sozinho na loteria? Nunca lidei com tanto dinheiro. Não saberia o que fazer. E se eu ganhasse na loteria, tentaria encontrar o bêbado que deixou cair aqueles dois cruzeiros que juntei?
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