Era assim todo final de tarde, no pequeno vilarejo. O sol no alto do céu, uma frondosa figueira, e sob sua sombra, os amigos descansando em plena sombra e água fresca numa roda de conversa prá La de animada. O macaco fazia piruetas, e contava piadas, tirando riso de todos, só não era mais saliente naquele dia que a centopéia, que se gabava exibindo sua centena de pés. ― Olhem só que maravilha. Alfinetava. ― Não me faltam pernas para ir onde queira ir. Dizia ela. Um matuto, mais afastado da quirela, enrolava seu cigarro de palha muito calmamente, resolveu então responder as provocações da centopéia. ― Pois é “pernuda”. Disse ele. ― Eu com 98 pernas a menos que você, já fiz muito mais coisa nesta vida, e neste mundão. Foi o suficiente para encerrar o debate.
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