Lá pras bandas do norte num descampado de árvores secas havia um bando de bichos-preguiça. Entre eles, uma chamada Teobaldo que vivia numa árvore grande e sem folhas. Seus galhos se ramificavam por todos os lados, e num desses galhos morava Teobaldo. Ele, mesmo não gostando de onde morava, também não fazia nada para melhorar sua habitação, pois passava o dia dependurado olhando ao João-de-Barro dia após dia amontoar terra e gravetos num dos galhos. Como os bichos-preguiça não tem nem relógio nem calendário, Teobaldo sabia que o pássaro levara dias para erguer sua casa porque cansou só de olhar. Então quando as chuvas chegaram ao norte, o João-de-Barro protegeu-se em seu lar, e Teobaldo ensopado de água começou a praguejar por ficar no relento. O passarinho, muito irônico resguardado da chuva, sem demora gritou de sua casa: Se o vizinho olhasse menos e fizesse mais, quem sabe não precisaria pegar tanta chuva. E começou a rir tomando uma xícara de chocolate quente.
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