Conta-se que Narciso era um tigre falastrão, que por mais que lhe dissessem a verdade, negava sua condição de tigre. Não que fosse teimoso ou louco, mas sim por causa do espelho d’água do rio que cortava ao meio a floresta. Todas as manhãs o tigre ia banhar-se no rio, mas não sem antes passar horas a fio admirando o reflexo que as águas lhe revelavam. E ali estava muito nítida a vistosa juba. Os dentes ameaçadores e o olhar de um rei. Narciso olhava para o espelho e via-se realmente como um leão, o verdadeiro rei da floresta. Obviamente os devaneios do tigre, e o reflexo enganador não passaram incólumes, pois reza a lenda que desde o dia que o tigre fez tal afirmação em meio a um bando de hienas sisudas, estas desde então não conseguem parar de sorrir.
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