Nasceram em ermos tempos dois irmãos gêmeos num reino distante de tudo. Tobias, o rei, ao longo de toda sua vida foi conhecendo muita gente, os quais muitos lhe serviram ao propósito que o coroaram soberano, e >destes muitos não tivera mais contato, pois não lhe eram mais necessários. Emanuel, o general, era o oposto do irmão, de tal forma que muitos duvidavam que ambos haviam saído do mesmo ventre. Ao contrário de Tobias, o general mantinha cada relação desde sua infância. A ele a amizade e os acordos eram indissolúveis, e deviam ser mantidos para toda a vida. E naquele dia, de um sol vermelho tingindo de laranja a abóboda celeste, tais diferenças contrastavam como nunca. No interior da fortaleza, protegido por muros e por meia dúzia de soldados submissos e pagos por um bom soldo, estava o rei, abismado perante a invasão iminente. Do lado de fora dos altíssimos muros, o general liderava milhares de homens, amigos e companheiros cultivados por décadas, que agora o auxiliavam em nova jornada. Um novo tempo prometia o horizonte naquele dia.
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