Na floresta existia um pavão, mais pavão que qualquer outro pavão que já existira. Imaginava ele ser o soberano entre aves, e quiçá até mesmo entre todas as espécies. De fato até podia ser garboso e belo, mas a cada vez que se proclamava a mais bela e superior das criaturas, para cada frase evidenciando suas virtudes, ou para cada vez que tentava trazer novos olhares para suas plumas multicoloridas, e para cada vez que esquecia suas fragilidades sonhando ter apenas virtudes, causava ao seu redor efeito contrário do desejado, e menos turistas lhe admiravam. Estes, em busca dos verdadeiros encantos da grande floresta preferiam a humildade de araras, cardeais, entre tantas outras aves coloridas e belas que também habitavam a mata, pois a beleza das coisas está justamente naqueles que não necessitam exaltar suas próprias belezas!
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