Cães são seres engraçados. Como Robert, um buldogue de metro e meio, cara amassada e rabugenta, que passava os dias girando no próprio eixo apoiado em sua bengala de pontal de prata. Diziam que fazia anos que ele andava em círculos no coração central da praça arborizada belamente. Do mesmo modo, seu irmão, que não sei por quais motivos veio ao mundo como gato, Albert, sujeito de quem pouco se sabia, e há muito, mas muito tempo mesmo não ia ao condado. Enquanto seu irmão rodava em círculos, os olhos felinos de Albert planejavam. Sua mente vívida, ante o ato de caminhar, preferia por algum tempo para, sentar-se, e rabiscar tudo numa caderneta de papel pardo. Ele planejava. Muito. Tudo. E foi isto que o levou tão longe. Mas Robert não tinha tempo para saber sobre isso, pois tinha que caminhar para sair daquele círculo.
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