Havia naquele mundo um ostentoso jardim. Dizia-se que ele era muito mais diverso e grandioso que o de outrora fora suspenso na Babilônia. No centro deste grande jardim havia um canteiro imenso com violetas multicoloridas de uma beleza incomum naquela terra sem chuva, mas úmida e fértil. As violetas eram o maior atrativo por causa da bela pintura naquela paisagem fantástica. Porém, certo dia nuvens cinzentas se precipitaram por aquelas terras, e trouxeram o que até então era inédito no jardim, a chuva em sua superfície. A água sem demora começou a escorrer por entre as plantas embriagando as flores que dançavam entorpecidas pela brisa e pelo líquido. No coração do jardim, então algo assustador aconteceu, e como a maquilagem que borra com suor, as violetas se desfizeram aos poucos, e quando cessou a chuvarada, no lugar restavam apenas velhas roseiras, com suas flores murchas e espinhentas.
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