Simplicíssimo

D. Saudade

Foi um ano de Saudade

O vazio sem fim perdura infinito abismo sem eco.

 

Neste tempo muito mudou e várias coisas ficaram sem conversa.

Assuntos que só caberiam em um papo nosso: Orfãos como eu.

Dá medo olhar a linha do tempo e ver o seu rastro se apagar.

Dá medo ver que a ponta de sua linha vai ficando no horizonte atrás.

Vai ficando mas nunca fica.

 

Hoje minha Saudade é uma mala onde se escondem o nossos olhares.

É uma Senhora de respeito a quem peço licença.

Pra ela eu gosto de falar as coisas reservadas a você.

 

Marcos Pedroso

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