Simplicíssimo

Cobra criada

Janaína entrou correndo em casa, com a goela aberta em choro e foi acudida pela mãe preocupada.
_ Janaína entrou correndo em casa, com a goela aberta em choro e foi acudida pela mãe preocupada.

_ O que houve filha?
_ Tem uma cobra enorme no jardim!

A mãe saiu para ver e entrou correndo gritando. O marido acudiu.

_ Mas que zona é essa aqui em casa?
_ Uma cobra!!! (gritaram as duas)

Moacir pegou um cabo de foice na garagem e partiu para o jardim. Avistou a cobra no meio do gramado e estudou a melhor forma de surpreendê-la. Por sorte, quando ia dar o bote, foi seguro por Pedrinho, que chegava da escola.

_ O que você vai fazer papai? Disse, segurando o cabo de foice no ar.
_ Vou matar essa cobra que está assustando todo mundo por aqui.
_ Mas não precisa, ela não vai nos fazer mal.
_ Ah é? Como você sabe?
_ Olhe bem para ela: não tem a cabeça chata, nem triagular; os olhos são grandes e, a parte preta deles redonda e não tem aquele buraquinho chamado fosseta lacrimal; as escamas são achatadas, parecem bem lisas até; na cabeça não tem escamas como no corpo, são placas grandes e a cauda vai afinando suavemente. Ahhhh e ela parece mais assustada que nós fugindo desse jeito. Uma venenosa se prepararia para um bote!
_ Nossa, e como você sabe de tudo isso?
_ Na escola né papai? Você faltou essa aula?

O pai ficou vermelho, mas tranqüilo também, voltando abraçado com a os dois filhos e a esposa para dentro de casa. Mais tarde, Pedrinho foi até o jardim, onde estava a cobra, e deu boas risadas com o vizinho que estava escondido num canto, puxando com um fio de nylon a cobra de pano que haviam feito no dia anterior.

Eduardo H. Sabbi e Ibbas Filho

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