Simplicíssimo

Otlassa

OTLASSA

Um estalo, um sujeito correndo, um corpo no chão, e a multidão segue seu rumo…

Vai com Deus, maluco…

Num interessa, amanhã você me reconhece e eu tô pego.

Mas como é que eu não veria seu rosto aqui no Parque Dom Pedro, às quatro da tarde?

Ok, valeu, mas antes, tenho que te apagar, você viu meu rosto.

Pronto, taí, vai embora vai.

Aí, você não entendeu que é pra andar rápido? Vai, maluco, entrega logo essa merda.

Calma, calma, toma o celular, deixa pelo menos eu ficar com a carteira, leve só o dinheiro.

Aí, não fala muito não, vai entregando, vai, vai…

Claro, claro, mas abaixa essa arma, por favor.

Aí, isso é um assalto, mano. Passa a carteira, o celular, o relógio e esse isqueiro incrementado aí.

Por favor, tem um cigarro pra me arrumar? Claro, só um minuto…

Se preferir, leia da última para a primeira frase…

Marcos Claudino, 37 anos, profissional de Recursos Humanos, tentando ser escritor… Culpa do Rafael…

Marcos Claudino

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