Hoje contemplo a fragilidade da vida no admirável silêncio dos astros. Na mansidão da noite que chega e que traz a saudade dela. Diante do pôr-do-sol, só cansaços existem em mim. Enquanto a vida diminui e a natureza floresce, cresce em mim a vontade de vê-la. Está evidente em minha alma a infinita necessidade dela.
Hoje contemplo a fortaleza dos sonhos que viraram realidade. Que afastaram a crueza da vida e as intempéries do tempo, transformando vidas amorfas em dinâmicas, em plena consonância com os mais belos sentimentos de grandeza e gratidão. Pois o amor, que hoje habita em mim, extrapola meus limites e se espraia pelo mundo a dizer que a vida é bela e que viver é preciso.
Hoje vivo a plena liberdade, consciente que sou cativo dela. A plácida quietude de seu olhar transforma minha eventual ira num remanso de paz. A esperança é quem revitaliza o sonho e o faz tornar-se realidade. Minhas manhãs são invadidas por sua presença, em forma de sutis lembranças que jamais o tempo apagará.
Recife, 21 de março de 2006
Luiz Maia
http://geocities.yahoo.com.br/maialuiz/
msn: luiz-maia@hotmail.com
SKIPE – luizmaia1
Autor dos livros "Veredas de uma vida", "Sem limites para amar" e "Cânticos".
– Edições Bagaço – Recife/PE.
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