Pseudomístico – a ciência do cotidiano 28/x
Será que a configuração da vida suporta as configurações da big data ou da ganância humana?
Violentos Haikais – série II / 28/x
Rir sem temer
o vampiro político
afasta o estado crítico
Desastraduções
As man not tea seas vein a cave hallo.
Inocentes até que se prove ao contrário
(ou Se liga na Justiça 3)
Explicar a presunção da inocência é uma das mais árduas tarefas que as pessoas me pedem. Eu não sou obrigado a responder, mas de qualquer forma, ainda parece estranho que uma pessoa seja inocente até que se prove o contrário e não ao contrário, culpada até que se prove inocente, ainda que este sistema seja válido em praticamente todo o mundo atual.
Conforme o sistema jurídico imposto, isto tem mais vieses, mas de qualquer forma, a ideia é preservar o ser humano de um castigo por algo que ele não fez (o que, na minha opinião é muito melhor do que deixar alguns culpados fora da cadeia (para entender o que eu estou dizendo, um exemplo disto é a tônica do filme “O milagre da cela sete”.
Em um sistema como o brasileiro, onde isto é levado a última instância, faz com que a justiça normalmente falhe (julgando o rico).
A definição de bandido faz parte do preconceito classista.
Como o Eduardo Bueno falou, a reforma no judiciário é necessária, porém… (veja o vídeo):
Tem um episódio da família dinossauro que a cena derradeira começa muito bem e termina muito mal*, que fala justamente sobre crenças e onde elas podem nos levar:
“Em primeira instância o bandido furta dinheiro, em segunda instância vai preso o pobre, o rico espera até ser solto pelo supremo.”
De qualquer forma, a problematização de tudo é necessária para que as coisas, quando mudem não viram a mesma coisa (como já foi dito pela banda Rush, em 1978, na música “Circumstances” do álbum “Hemipheres”, letra do baterista da banda Niel Peart.
Digo isto porque tudo isto é feito para separar as pessoas entre nós e eles, poderosos e nós, os reles mortais.
O negócio é estar presente, investigar, problematizar, averiguar os dados, tirar conclusões a partir de dados e não de discursos.
O mundo do toma lá dá cá começa nas eleições com contas de luz (espelhos) sejam o passaporte para cargos públicos (o que traz riqueza no mundo capitalista).
Os tupiniquins (nós) criando monstros a partir de necessidades de podermos nos enxergar.
E só tem uma forma da gente se enxergar: ler e conhecer o passado (história), mudando o passado (ressignificando os símbolos) *, mudando os heróis, entendendo quais são os caminhos a tomar.
* aconselho atualizar (e não mudar necessariamente) as crenças sempre que uma situação as confrontar.
** queria usar a palavra signo como ela é entendida na semiótica, mas preferi o termo genérico “símbolos”.
Foto da capa de Philippe Oursel obtida no site Unsplash.
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