Naufragando nos oceanos dos sentidos, chegamos até aqui com overdose. Overdose de analgésicos opióides, overdose de informação, overdose de desilusão, de gorduras, sal e açúcar e até com a Priscila Magalhães estreando sua coluna "Over-Dose".
Mas será que esta overdose não existe porque temos uma carência, um buraco, um lapso, um espaço, um vazio, uma incompletude? Será este excesso o sintoma de uma falta de amor, silêncio, sentido, fibras, exercícios e reflexão?
A semana começou ontem mas é somente amanhã que domamos os cavalos que já são esqueletos, carbonos-14 reminiscentes de um mundo que já foi e hoje, impecável aço inoxidável, em inolvidável semelhança com a matriz do que complexamente assumimos como vida, torna intangível ao filósofo – mas não ao poeta – o delírio da existência.
Aos meus amigos, que não soçobrem. Só sobrem.
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