Espírito Cego
Um dia vislumbrei;
percebi a vastidão do mundo
e chorei.
Não entendi as mazelas,
procurei amor, sensatez, carinho…
Mas apenas elas…
Discernir do certo
para o justo
não é para o olhar
de um moribundo.
Não enxergo.
Viver é um mistério.
Procuro encontrar
algum sentimento…
Mas apenas ar
e um meditabundo,
morrendo…
Descobrirei meu fim?
Cego, inerte,
à mercê do mundo?
Sem reviver e
recuperar perdas
senhor do tempo,
afinal, não serei.
Já era. Fui.
Só me resta o adeus.
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