Simplicíssimo

Simplicidade

Um menino de cinco anos está no tapete da sala, debruçado sobre sua revista de colorir, dessas gigantescas (praticamente do tamanho de um pôster). Ele está deitado sobre os joelhos, como um islamita que se dedica à sua fé. À sua volta, espalhados, uns vinte lápis de cor.
Em uma das poltronas está seu pai, pernas cruzadas, chimarrão em punho, observando.
Ali ficam, durante praticamente toda a manhã. O pai, que de início assistia desenhos animados, agora observa o filho pintando a revista e cantarolando musiquinhas que aprendeu na escola.
O sol matutino também pinta desenhos, na parede da sala, ao passar por entre as folhas da pitangueira em frente à janela.
O pai pergunta a si mesmo em que momento perdeu a simplicidade da vida. Talvez, se lograsse descobrir a resposta, pudesse recuperá-la e à alegria do sol entre as folhas e à paz consigo mesmo.

Leandro Laube

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