Devo meus serviços
Não faça alarde
Posso crescer em vossa companhia?
Tenho uma carta nas mãos. Vou lê-la
A bondade humana jorra como leite
Falta-me ambição
Sobra-me maldade
A ambição consola a maldade
Deseja aquilo que temes fazer
Posso omitir meu temor e salvar as lágrimas
Temos auxilio do mensageiro
Não sou preparado para o meu caminho
Vossa majestade pede um propósito para servir
Vou soprar dentro de cada olho
Vou suplicar para me afogar nos ventos
E para voar nos mares
Mergulhar na terra e me deitar no fogo
Minha intenção acabou
Vou tropeçar
Saí de meus aposentos
Vou me sentar ao mar
Preciso de uma opinião
Eu quero tanto que me curvo
Como o peixe, mas imploro algo que me seja sutil e que eu não possa perceber
Um porteiro entra e afasta os dois
Fecha a porta e a ambigüidade se desfaz
Tenho uma adaga na mão direita
E ninharias na mão esquerda
A vida como febre
O sono, como tontura, desfaz tudo, como um sopro no olho.
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