Simplicíssimo

Anti-sonho

te colhi no jardim do medo
alucinada
enfeitavas a vida de outrora
com seus ramalhetes coroas de
pura
inocência e
teimosia

das pedras do anti-sonho
crepitavam ainda
fagulhas
estrelas decadentes
noites de uma
perigosa melancolia
delícias que
há muito havíamos sepultado

e num outro jardim
uma outra rosa também
insistia rindo
covardemente
em seduzir um
cravo
feio seco despetalado
apelidado
amanhã

João Batista dos Santos

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