A festa do futebol de 2004 estava realmente emocionante. Um ano inteiro de muita bola rolando. Muito embora já há quem fale em mudar a fórmula (ai, ai ai, de novo?), não vejo nela a justificativa para o baixo público. Não faltou emoção para vários clubes até a última rodada e para todos até um pouquinho antes. Já a falta de dinheiro sim. O esporte do povo está com preços de casas de teatro, sem falar no que se gasta com o ônibus ou o estacionamento, nas pilhas do radinho, naquele lanchinho esperto, no amendoim torrado e na cerva gelada.
Mas enfim, teve até emoções trágicas de seqüestro, morte, transações milionárias que levaram nossos craques (deve ser a síndrome do Pau-Brasil), as supostas e as admitidas malas-pretas, aquela pancadaria no aeroporto e até mesmo os incidentes da comemoração.
Sem falar nas fortes emoções de quem esteve perto de descer um degrau. A zona do desespero não teve espaço para os cariocas, mas foi por um triz e Romário ainda é o que mais chama atenção por lá (vê se pode!). E a Bahia, que na música já deu graças a Deus, agora está totalmente em segundo plano. Oxente menino, vai dar uma preguiça ver esse clássico …
Aqui no extremo sul do Brasil eu explicaria a dupla grenal assim: mais de 1 turno de derrotas versus quase 1 inteiro de vitórias. Deu no que deu, com o Periquito um pouquinho acima do Saci. Ah sim, para este último faltou perna (literalmente) para ir mais longe, mas há quem diga
que sobrou dedo (do Joel)… Ainda bem que o “Lori teve que sair” visto que os outros dois sob seu comando desceram a ladeira.
E a justiça, para variar, foi lenta e pouco justa: tardou e falhou com o pássaro azul. Quem morreu feliz fazendo o que mais gostava não merecia desmedida homenagem. Mas enfim, no final da festa o furacão passou batido (dizem que foi um, dois e três golpes do mosqueteiro azul) e deu mesmo Peixe, que não apenas nada, mas bate aquele bolão com seu consagrado técnico. Chato, arrogante, brigão, mas eficiente. Fazer o que…
Porco, tigre (que parecia de bengala), raposa (que não é mais aquela), macaca, urubu (quase na carniça hein?), periquito do centro, bacalhau do Almirante Eurico, Leão, Galo, Gralha e ainda a Figueira, o Velhinho e o Vovô, o Bugre, o Donald, o Santo Paulo, o outro espadachim, o cartola e até o bicho-papão também foram indispensáveis para a festa ser completa (espero não ter esquecido de ninguém).
Ah sim, se você não gosta de futebol e ficou perdido no meio dessa bicharada toda, volte semana que vem que eu devo estar falando de outra coisa, ou quem sabe ainda sobre peixe, já que emerge um forte lobby contra os saudáveis hábitos de vida, visto que a baleia só come peixe, nada o dia todo e só engorda!
Enfim, desculpem o pequeno atraso de hoje e para todos um belíssimo e feliz Natal!
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