Cansado de passar um Natal enfadonho, ele vira para a esposa com aquele brilho no olhar como quem tivesse tido uma grande idéia. Fariam um amigo secreto como aquele lá do serviço. Ela aprovou na hora e até ensaiou alguns pulinhos alegres. Fizeram tudo direitinho e com tempo. Como seria sorteado na hora, o presente tinha que ser unisex, com preço mínimo de R$ 5,00 e máximo de R$ 20,00. Ele chiou um pouco, achou caro, sabe como é, tempo de crise, mas acabou consentindo. Afinal de contas, a idéia tinha sido dele mesmo. Até o mural de recados e lista de sugestões funcionou. Só aquela diversão já valera a idéia.
Mas eis que chegou a noite de Natal e ele nervoso, sacudiu bem os bilhetes e alcançou a cestinha dos papéis com os nomes:
_ Maria pegue logo e confira se não é o seu nome.
_ Não é não, Manuel. Agora pegue você e confira também. Mas logo, que estou louca para saber quem é o meu amigo secreto!
E, felizes com os presentes, partiram os dois a devorar o suculento bacalhau de Natal!
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